Liderança feminina ganha protagonismo no BRICS 2025 e é tratada como pilar estratégico global

0
13
Cúpula do BRICS 2025
Cúpula do BRICS 2025

Debates em Brasília destacam que a presença de mulheres em cargos de decisão deixou de ser apenas questão de representatividade e passou a ser diferencial competitivo para países e instituições.

A liderança feminina em espaços de decisão foi um dos temas centrais da Cúpula do BRICS 2025, realizada em Brasília, e evidenciou uma transformação cada vez mais relevante na política, na economia e na governança internacional. O assunto esteve presente em painéis, fóruns paralelos e reuniões de alto nível, sendo tratado não apenas como pauta de igualdade, mas como imperativo estratégico para o futuro de países e organizações.

Especialistas, representantes de governos e líderes empresariais ressaltaram que a presença de mulheres em ambientes decisórios deixou de ser uma reivindicação social para se consolidar como diferencial competitivo. Estudos apresentados durante o evento demonstraram que instituições com maior diversidade de gênero em cargos de liderança registram melhores índices de inovação, desempenho financeiro e capacidade de adaptação — fatores essenciais em um cenário global de rápidas transformações.

De representatividade a influência real

Durante sua participação em um dos fóruns, Carol Moura — bacharel em Direito, duquesa das Filipinas, embaixadora da IMPPPACT no Brasil, ex-vereadora e primeira mulher a disputar a prefeitura de sua cidade, além de mãe de dois filhos — destacou que a liderança feminina deve ser entendida como um pilar de governança. “Quando mulheres ocupam espaços de decisão, o resultado é um processo político mais inteligente, mais ético e mais conectado com as reais necessidades da sociedade”, afirmou.

O debate foi além do discurso sobre representatividade e abordou o impacto direto que mulheres exercem quando ocupam espaços de poder. Em áreas como diplomacia, política externa, tecnologia e sustentabilidade, a contribuição feminina tem resultado em decisões mais equilibradas, inclusivas e voltadas ao longo prazo.

Um dos pontos mais destacados foi a importância da diversidade de perspectivas. Ao incorporar visões plurais, governos e empresas conseguem formular políticas públicas mais eficazes, modelos de governança mais democráticos e estratégias empresariais mais inovadoras — impactos que reverberam no desenvolvimento econômico e social.

Desafios persistem

Apesar dos avanços, dados mostram que menos de 30% dos cargos de alta liderança nos países do BRICS são ocupados por mulheres. A presença feminina em ministérios-chave e conselhos de administração também segue distante da paridade. Barreiras estruturais, vieses culturais e desigualdades de acesso continuam limitando o potencial de participação em setores estratégicos.

Em Brasília, especialistas defenderam a adoção de políticas mais assertivas para acelerar mudanças. Programas de capacitação, redes de mentoria, metas de representatividade e incentivos à presença feminina em áreas como ciência, tecnologia e política foram apontados como medidas fundamentais para romper o chamado “teto de vidro”.

Um novo paradigma

O consenso entre especialistas e autoridades foi claro: a inclusão de mulheres em espaços de poder não é apenas questão de justiça social, mas estratégia de desenvolvimento e competitividade global.

Com a perspectiva de profundas mudanças nas estruturas de governança internacional na próxima década, o BRICS 2025 reforçou que a liderança feminina não é tendência passageira, mas uma das forças que definirá o futuro da política e da economia mundial.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui