Liderança feminina e segurança digital: o impacto das mulheres na transformação tecnológica das empresas

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O avanço da transformação digital nas empresas trouxe uma mudança silenciosa, mas profunda, nos bastidores corporativos: a ascensão da liderança feminina em posições técnicas e estratégicas. Em um setor historicamente dominado por homens, o protagonismo das mulheres na engenharia, na segurança digital e na automação vem se consolidando como um dos pilares de inovação e competitividade nas organizações modernas.

Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, embora as mulheres representem quase metade da força de trabalho brasileira, elas ainda ocupam apenas 20% dos cargos em áreas de tecnologia da informação e segurança cibernética. Essa disparidade, contudo, vem diminuindo. Grandes empresas globais e nacionais têm apostado em políticas de diversidade, programas de mentoria e capacitação para atrair e reter talentos femininos em funções técnicas estratégicas.

Mais do que representatividade, trata-se de resultado. Estudos internacionais apontam que empresas com maior diversidade em cargos de liderança apresentam índices mais altos de inovação e desempenho financeiro. No setor tecnológico, onde decisões estratégicas são tomadas com base em dados e criatividade, a presença feminina tem se mostrado decisiva para o equilíbrio entre racionalidade técnica e sensibilidade humana, um diferencial competitivo em ambientes complexos e em constante mudança.

É nesse contexto que trajetórias como a de Renata Freires Guimarães Lino, Cloud Security Engineer da Microsoft, se tornam exemplo do impacto que a liderança feminina pode gerar na prática. Com 14 anos de carreira e atuação em projetos de segurança em nuvem na América Latina e nos Estados Unidos, Renata consolidou-se como referência regional em soluções de cibersegurança, automação e governança digital.

Para ela, o segredo da liderança feminina na tecnologia está na escuta e na empatia. “A tecnologia só faz sentido quando conecta pessoas. Escutar o cliente, compreender o contexto e transformar a necessidade em solução, isso é o que define a excelência técnica”, afirma. Renata começou sua carreira no Banco do Nordeste, aplicando tecnologia como ferramenta de desenvolvimento regional, e foi reconhecida pela Microsoft por suas entregas de alto impacto no Norte e Nordeste do Brasil. O convite para integrar o time global veio como consequência natural de um trabalho pautado em consistência e propósito.

Hoje, a engenheira participa de projetos que envolvem segurança corporativa em larga escala, utilizando ferramentas como Microsoft Defender, Sentinel e Azure Monitor. Sua atuação vai além da parte técnica: ela lidera workshops de capacitação para equipes de diferentes países, reforçando que o verdadeiro avanço tecnológico depende do investimento em pessoas. “A inovação só é sustentável quando gera autonomia e confiança. Liderar é ajudar o outro a crescer, dentro e fora do ambiente técnico”, ressalta.

Especialistas apontam que esse tipo de liderança, baseada em cooperação e propósito, será cada vez mais valorizado nas próximas décadas. Em um cenário de rápida digitalização e intensificação dos riscos cibernéticos, empresas precisam de líderes capazes de unir conhecimento técnico e inteligência emocional para conduzir times multidisciplinares. A gestão moderna exige equilíbrio entre performance e empatia, resultado e propósito.

A experiência de Renata reflete exatamente essa mudança de mentalidade que já se observa nas grandes corporações: um modelo de liderança que não se impõe pela hierarquia, mas se estabelece pela capacidade de inspirar, ensinar e transformar. É a consolidação de um novo perfil de liderança, mais humana, colaborativa e, sobretudo, técnica.

O futuro da tecnologia corporativa dependerá de profissionais capazes de traduzir complexidade em clareza e inovação em valor real. As mulheres têm ocupado esse espaço com competência e visão de longo prazo. A liderança feminina, portanto, não é apenas um movimento social: é uma resposta pragmática aos desafios da era digital, onde a segurança, a confiança e o capital humano se tornaram os maiores ativos das empresas.

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