Em um mundo corporativo cada vez mais orientado por resultados imediatos, cresce a percepção de que as lideranças mais eficazes são aquelas que conseguem equilibrar técnica, empatia e propósito. A chamada liderança educacional, inspirada em modelos baseados em valores e aprendizado contínuo, vem se consolidando como referência em empresas, escolas e instituições públicas.
Estudos de gestão e comportamento organizacional indicam que líderes que aplicam princípios de formação humana e disciplinar registram equipes mais engajadas, produtivas e resilientes. O motivo é simples: pessoas lideradas por exemplo, e não apenas por metas, tendem a desenvolver senso de pertencimento e propósito coletivo.
O professor e militar da reserva Leonardo Freitas Silva da Penha é uma das vozes que mais defendem esse modelo de liderança no Brasil. Com passagem pelas três Forças Armadas e experiência como professor na Academia Militar das Agulhas Negras, ele formou centenas de oficiais e jovens profissionais, transmitindo valores de responsabilidade, ética e comunicação eficiente. “Liderar é servir. É entender que cada decisão precisa inspirar e ensinar. A disciplina que aprendi nas Forças Armadas é a mesma que aplico na sala de aula e nas relações humanas”, afirma.
Durante sua atuação militar, Leonardo também exerceu funções de intérprete em missões conjuntas entre o Exército Brasileiro e o Exército Americano, experiência que o ensinou a importância da clareza e da cooperação. “A comunicação é a base de qualquer liderança. Nas Forças Armadas, percebi que as maiores conquistas nascem do trabalho em equipe e da confiança mútua. Esse aprendizado é universal”, explica.

Hoje, Leonardo aplica esses mesmos princípios em sua atuação como educador, palestrante e escritor. Ele acredita que o papel do líder moderno não é apenas motivar, mas formar. “A liderança educacional transforma pessoas porque ensina autonomia. Quando o líder compartilha conhecimento, ele cria uma cultura que sobrevive à sua presença”, diz.
Além de sua trajetória no Exército, Leonardo tem se destacado por seu trabalho voluntário em comunidades carentes e por sua atuação no exterior em projetos de inclusão, como o Barbearia Inclusiva, que capacita surdos e mulheres para o mercado de trabalho. Esse envolvimento social reforça seu entendimento de que a verdadeira liderança nasce do serviço ao outro. “A gestão de pessoas precisa ir além da hierarquia. Liderar é cuidar, é dar oportunidade e mostrar caminhos. A disciplina não é controle, é compromisso com o que se acredita”, observa.
Para especialistas em comportamento organizacional, o modelo de liderança proposto por profissionais como Leonardo reflete uma tendência global. Cada vez mais, empresas e instituições valorizam líderes que unem coerência moral e capacidade pedagógica. O líder educacional inspira pela constância, pela escuta e pelo exemplo.
Leonardo defende que o futuro das organizações será definido por líderes que enxergam o conhecimento como instrumento de transformação e não apenas de desempenho. “O líder do futuro é aquele que ensina. É o que consegue alinhar metas a valores e resultados a propósito. A educação é o que sustenta tudo isso”, conclui.