Com Hulu e The Voice, Disney+ quer bater Netflix e virar maior streaming do Brasil

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Com Hulu e The Voice, Disney+ quer bater Netflix e virar maior streaming do Brasil

O Disney+ está prestes a viver um dos meses mais importantes de sua história no Brasil. Além da estreia do reality The Voice Brasil, em uma parceria inédita com o SBT, o streaming da Disney se prepara para lançar oficialmente a marca Hulu no país — que substituirá o Star e trará mais produções voltadas ao público adulto.

A combinação entre TV aberta, conteúdo local e diversidade de catálogo revela uma nova fase para o serviço, que possui uma grande ambição: tornar-se o principal destino de entretenimento dos brasileiros no streaming.

Segundo um estudo divulgado pela Nexus em agosto, a Netflix domina o mercado de streaming no Brasil (59%), seguida de Prime Video (33), Globoplay (26%) e HBO Max (22%). Empatada com a plataforma da Warner, o Disney+ vai apostar em originalidade, conteúdo regional e diversidade para tentar virar esse jogo no competitivo setor de streaming. 

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Em entrevista ao Minha Série, Danilo Campos, diretor de Marketing do Disney+, ESPN, streaming e TV na The Walt Disney Company Brasil, explicou que a estratégia da empresa é “transformar o Disney+ em um destino diário dos brasileiros”. Segundo ele, o novo formato híbrido de distribuição, com o reality indo ao ar simultaneamente na TV e na plataforma, simboliza o que a Disney pretende fazer daqui pra frente: unir massividade e aprofundamento de conteúdo.

“De um lado, o SBT entrega uma perspectiva de massividade, chegando a todos os pontos do Brasil. Do outro, o Disney+ oferece aprofundamento, permitindo que as pessoas assistam como quiserem, onde quiserem. Essa complementaridade é essencial para construir fenômenos culturais”, explica o executivo.

Parceria entre Disney+ e SBT marca novo modelo híbrido

Com The Voice Brasil, o público poderá assistir aos episódios na TV aberta e, em seguida, conferir 20 minutos extras exclusivos no Disney+, com bastidores e momentos inéditos. Segundo Danilo Campos, esse modelo foi pensado para ampliar o engajamento semanal e criar novas formas de conexão entre público e artistas.

“Logo após o programa ir ao ar, ele estará disponível sob demanda, para que o conteúdo continue vivo ao longo da semana”, detalha. O formato híbrido também será medido a partir de três pilares: o sucesso comercial (já garantido com oito marcas patrocinadoras), o alcance de novos assinantes e os insights sobre comportamento de consumo que poderão orientar futuras produções.

Conteúdos ao vivo e originais brasileiros no centro da estratégia

O executivo também ressalta que o The Voice é apenas o começo. Campos revela que a Disney já vem testando modelos parecidos em outras frentes, como Caverna Encantada com o SBT e a série Paulo com a Record, além de parcerias com a Globo no cinema. “A gente sempre parte de premissas básicas: relevância cultural, complementaridade estratégica e um modelo de ganha-ganha para todos”, comenta.

O executivo afirma que o desafio de lançar um reality ao vivo no streaming está menos na parceria em si e mais na adaptação ao novo formato. “O The Voice é o primeiro reality show brasileiro ao vivo do Disney+, então é um aprendizado. Queremos consolidar o Disney+ e o SBT como a nova casa do The Voice, despertando curiosidade e se conectando com novas audiências.”

“Estamos acostumados a receber grandes audiências ao vivo”

O executivo também garante que a empresa está preparada para lidar com o fluxo de audiência vindo da TV aberta, algo que já rendeu quedas no Globoplay nos tempos áureos do Big Brother Brasil. Com produções esportivas como Libertadores, Premier League, NBA e NFL, o Disney+ já lida com grandes picos de audiência semanais, ressalta Campos.

Para o executivo, essa experiência dá à empresa a confiança de acomodar o fluxo de novos usuários que devem chegar após a exibição na TV, sem comprometer a experiência dos usuários. “Estamos acostumados a receber grandes audiências ao vivo. Essa familiaridade nos dá credenciais para receber essa eventual onda de audiência sem sustos”, afirma Campos.

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Jurados do The Voice Brasil, que chega no SBT e no Disney+.

Qualidade e diversidade como diferencial competitivo

Com o investimento em conteúdo diversificado, a empresa busca atacar em várias frentes para conquistar os brasileiros, mas garante que o fator que pode conquistar o público é a qualidade. “O diferencial está na qualidade das narrativas. A Disney é reconhecida pela profundidade das conexões que gera. A gente constrói vínculos de uma vida inteira.”

Além do conteúdo familiar que é marca registrada da companhia, o Disney+ também investe em produções voltadas ao público adulto, agora reforçadas com a chegada do Hulu. A nova marca chega para consolidar produções premiadas já existentes como O Urso, além de trazer mais realities e produções de variedades ao catálogo.

“Hoje temos uma vertical de entretenimento geral, séries e filmes para adultos. E também uma oferta de esportes com as melhores ligas do mundo. Em todas as verticais, zelamos para entregar a melhor oferta de conteúdo e com grandíssima qualidade”, conclui o executivo.

E o preço?

Enquanto outubro marca um mês de muitas mudanças no Disney+, as novidades não trarão mudanças de preço ao serviço no Brasil — o último aumento ocorreu em junho. Nos Estados Unidos, por outro lado, o serviço passa por um reajuste neste mês após a integração com o Hulu.

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Aqui no Brasil, a chegada do Hulu em 8 de outubro só deve impactar, inicialmente, na navegação do aplicativo. Enquanto as mudanças podem ser sutis inicialmente, em breve o app ganhará um design que promete ser mais intuitivo, garantindo uma experiência próxima de rivais como a Netflix.  

De acordo com o anúncio internacional, a navegação ganhará novas abas dedicadas a Disney+, Hulu e ESPN, além de uma seção “Para Você”, com recomendações baseadas no perfil de cada usuário. Com isso, a plataforma busca vender ao público a imagem de que não é apenas um serviço de streaming, mas um ecossistema completo de entretenimento.

A pergunta que fica agora é: todas essas mudanças serão capazes de fazer o streaming crescer no Brasil e conquistar o público além dos fãs da Disney e Marvel? Comente sua opinião nas redes sociais do Minha Série!

Fonte Tecmundo

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