
“Uma pausa necessária para escutar, agradecer e preparar o espírito antes de grandes decisões.”
Há um instante no calendário em que o tempo parece suspenso. Entre o Natal e o Ano Novo, o mundo se aquieta, como se respirasse fundo antes de seguir adiante. É nesse intervalo que o silêncio se torna precioso: não o silêncio vazio, mas aquele que nos convida a voltar para dentro de nós mesmos. No recolhimento, percebemos que não é hora de grandes decisões, mas de escuta. Escuta do coração, das memórias, dos sonhos que ainda não nasceram. O silêncio abre espaço para que a percepção se refine, como quem afina um instrumento antes de tocar uma nova melodia.
Esse tempo é feito de delicadeza. É o momento de olhar para trás com gratidão, reconhecendo os passos dados e os aprendizados conquistados. E, ao mesmo tempo, é o momento de olhar para frente com esperança, preparando-se para o novo ciclo que se anuncia. Afinar a percepção é aprender a enxergar além do óbvio, é sentir os sinais sutis da vida, é alinhar nossos propósitos com aquilo que realmente importa. É nesse silêncio fértil que nascem as intuições mais claras e os sonhos mais verdadeiros.
O intervalo entre festas não é vazio: é um espaço de gestação. É nele que se prepara o espírito para as grandes conquistas do ano novo. Quando o silêncio nos devolve ao nosso interior, voltamos mais inteiros, mais conscientes, mais prontos para escolher com sabedoria. A pausa torna-se, portanto, um convite à serenidade. Entrar no novo ano pede clareza, não pressa. É no silêncio que a percepção se afina, e dessa percepção brotam os caminhos mais luminosos.
Da percepção afinada nascem a esperança viva e as conquistas reais!

