Guterres lembra diplomata português que salvou milhares de judeus durante Holocausto

Data:

Compartilhar:


A história do Holocausto é sobre um colapso moral total, desumanização e cumplicidade em atrocidades inimagináveis cometidas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Em meio a todo esse horror, existiram histórias também de humanidade e coragem.

Libertação de Auschwitz-Birkenau faz 80 anos

Foi assim que o secretário-geral da ONU discorreu sobre o extermínio de 6 milhões de judeus e outras minorias durante o Holocausto.

A mensagem foi lida pelo alto representante da Aliança das Civilizações, Miguel Ángel Moratinos, durante a cerimônia tradicional na Sinagoga Park East, em Nova Iorque, no sábado.

Sinagoga Park East, Nova Iorque

Neste 2025, a libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau faz 80 anos.

Guterres lembrou o trabalho de muitos diplomatas para salvar as vítimas do Holocausto incluindo o do português Aristides de Sousa Mendes, que servia em Bordeaux, na França, em 1940. Quando os nazistas começaram a se aproximar da cidade, ele desafiou a ordem do Governo de Portugal, e emitiu vistos para salvar milhares de vidas.

Sousa Mendes foi reconhecido por Israel 

Pela desobediência, Sousa Medes foi expulso do serviço diplomático, sem direito à aposentadora, e morreu na pobreza. Em 1966, ele foi reconhecido em Israel como um dos Justos entre as Nações, um título concedido a quem arriscou a própria vida para ajudar a salvar os judeus do nazismo.

Hoje, Aristides de Sousa Mendes é nome de um museu em Portugal, a Casa do Passal, no norte do país.

Museu Aristides de Sousa Mendes, Portugal

Para o secretário-geral da ONU, combater o antissemitismo, que cresce hoje no mundo, é dever individual e coletivo.

Guterres lembrou que a ONU lançou um Plano de Ação para Aumentar Monitoramento e Resposta ao Antissemitismo.



Fonte ONU

Artigos relacionados