Inovação em insumos e polos regionais mantêm o Brasil competitivo no setor calçadista

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O setor calçadista brasileiro é um dos mais tradicionais da indústria nacional e segue como importante motor econômico, empregando mais de 300 mil pessoas e exportando para mais de 160 países, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

Entre os polos mais relevantes, Nova Serrana, em Minas Gerais, se destaca como referência em calçados esportivos e populares, movimentando bilhões de reais por ano e atraindo olhares de investidores e fornecedores de todo o mundo.

Apesar da força produtiva, o mercado enfrenta desafios de competitividade internacional, sobretudo diante da concorrência asiática. A inovação em insumos e processos aparece como o principal caminho para manter e ampliar a relevância do Brasil no setor. Solados mais resistentes e leves, uso de materiais reciclados e o desenvolvimento de compostos de PVC otimizados estão entre as soluções que vêm moldando a nova fase da indústria.

Jonas Pimentel Xavier, CEO da JP Grout, acompanha de perto essa evolução. “O desenvolvimento de insumos inteligentes é o que sustenta a competitividade do setor calçadista brasileiro. Não se trata apenas de reduzir custos, mas de oferecer desempenho, durabilidade e diferenciação ao produto final. É isso que mantém a confiança dos grandes compradores internacionais nos calçados produzidos aqui”, explica.

Jonas Pimentel Xavier

Nos últimos anos, empresas da região têm buscado aproximar-se ainda mais de centros de pesquisa e universidades, criando projetos de inovação que unem ciência e mercado. Essa integração tem ampliado a oferta de produtos com maior valor agregado e impulsionado a internacionalização das marcas brasileiras.

Além disso, o setor já demonstra uma movimentação em direção à sustentabilidade. De acordo com relatórios de mercado, a demanda por calçados feitos com insumos recicláveis cresce anualmente no mercado europeu e norte-americano, abrindo espaço para o Brasil se consolidar como fornecedor de soluções inovadoras com responsabilidade socioambiental.

Para Jonas, o futuro do setor dependerá da capacidade de adaptação. “Quem está atento às tendências globais, como sustentabilidade, inovação e eficiência produtiva, estará sempre à frente. A indústria calçadista brasileira tem potencial para se posicionar não apenas como fornecedora de volume, mas como referência em qualidade e inovação”, conclui.

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