Planejamento Patrimonial: estratégia essencial para proteger e perpetuar o legado familiar

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Com a crescente complexidade do ambiente econômico e tributário no Brasil, cada vez mais famílias e empresas buscam alternativas para proteger seus bens e garantir uma sucessão tranquila entre gerações. O planejamento patrimonial tem se consolidado como uma das ferramentas mais eficientes nesse processo, evitando perdas significativas e conflitos familiares.

De acordo com a advogada Kádia Colet Barro Stürmer, especialista em planejamento patrimonial e sucessão empresarial, o maior desafio ainda é cultural. “O brasileiro tem dificuldade de compreender a importância da educação patrimonial, que é diferente da educação financeira. É preciso entender que o CPF morre, mas uma instituição familiar, estruturada por meio de holdings ou empresas, pode perdurar pelas gerações”, explica.

Kádia Colet Barro Stürmer é especialista em planejamento patrimonial e sucessão empresarial

Kádia possui uma sólida trajetória acadêmica e profissional: formada em Direito pela Universidade de Passo Fundo, com pós-graduação em Direito Empresarial e em Direito Internacional do Comércio, além de formação em Solução de Conflitos e Negociação pela Universidade de Harvard (EUA). Desde 2019, atua exclusivamente com planejamento patrimonial e sucessão familiar, já tendo estruturado mais de 150 famílias e empresas, com cerca de R$ 1 bilhão em patrimônio protegido.

Segundo a especialista, muitos equívocos ainda são cometidos por falta de orientação jurídica adequada. “É comum acreditar que a doação em vida ou um testamento resolvem o problema sucessório. Mas, na prática, isso pode ser mais caro que o inventário ou gerar disputas familiares longas, como vimos nos casos de Gugu Liberato e Chico Anysio”, alerta.

Outro ponto que chama atenção é o impacto da reforma tributária. Kádia explica que o processo de inventário pode comprometer de 20% a 40% do patrimônio de uma família e, com as mudanças em curso, essa perda pode chegar a metade dos bens acumulados. “Muitos anos de trabalho e renúncia podem ser comprometidos se não houver um planejamento em vida. O correto é organizar a sucessão de forma empresarial, seja por holdings no Brasil ou por estruturas internacionais, como offshores e trusts, que permitem segurança jurídica e eficiência tributária”, ressalta.

A especialista ainda destaca que o planejamento patrimonial não é apenas para grandes fortunas. Famílias de classe média, que desejam proteger imóveis, empresas e investimentos, também podem se beneficiar. “Quando estruturamos uma holding ou empresa administradora de bens, o patrimônio fica resguardado de riscos trabalhistas, fiscais e bancários, além de reduzir a carga tributária em situações como a locação de imóveis, por exemplo.”

Com experiência internacional, Kádia também defende a importância da cultura de negociação no Brasil. “Nos Estados Unidos, 90% dos processos judiciais terminam em acordo. Aqui, apenas 5%. Precisamos avançar nessa mentalidade de conciliação para evitar litígios intermináveis”, afirma.

Ao final, a advogada reforça a mensagem central: “Planejar em vida é o pulo do gato. Não adianta trabalhar tanto, renunciar momentos com a família e deixar que parte significativa do patrimônio se perca em um inventário. O planejamento patrimonial garante que o legado permaneça na família, sendo ampliado e protegido de geração em geração.”

Para saber mais sobre desenvolvimento humano e liderança estratégica no cooperativismo, acompanhe o trabalho de Kádia Barro nas redes sociais pelo Instagram: @kadiabarro.holding

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