Roubo do Louvre: Como obras perdidas são rastreadas – 21/10/2025 – Ilustrada

0
4
Roubo do Louvre: Como obras perdidas são rastreadas - 21/10/2025 - Ilustrada

O roubo do Louvre, apesar de chamar a atenção mundial, está longe de ser um caso isolado. O mercado clandestino alimentado por saques a museus e coleções de arte é tão profícuo que ganhou uma seção investigativa própria na Interpol, organização que investiga crimes internacionais, e levou a criação de uma base de dados privada que rastreia itens roubados, o Art Loss Register.

São listas diferentes. A da Interpol, que atualmente conta 57 mil itens, é mais rígida e só cadastra objetos de arte roubados e desaparecidos reportados pelas agências policiais de seus respectivos países ou por entidades parceiras como a Unesco. O Art Loss Register, por outro lado, contabiliza também denúncias feitas pelas vítimas diretas dos saques –como colecionadores ou museus, por exemplo.

Além do caso do Louvre, em setembro, também em Paris, foram roubadas pepitas de ouro do Museu de História Natural, preciosas por terem sido as primeiras encontradas na Guiana. Os casos reascenderam no país a discussão em torno da negligência com o patrimônio histórico.

Os crimes não são exclusivos do território francês. Em janeiro passado, artefatos arqueológicos de ouro foram roubados do Museu Drent, na Holanda –em 2020, um quadro de Vincent van Gogh foi saqueado no Singer Museum, também no país. Outro caso notório e recente foi o furto de 2.000 itens de ouro do Museu Britânico, um dos mais importantes da Europa.

No Brasil, um caso que teve grande repercussão foi o roubo no Masp de uma tela de Pablo Picasso, “Retrato de Suzanne Block“, e outra de Candido Portinari, “O Lavrador de Café”, em 2007. Os ladrões levaram os quadros com a ajuda de um macaco hidráulico e de um pé-de-cabra. As obras foram recuperadas dias depois em Ferraz de Vasconcelos e devolvidas ao museu.

Hoje, o Art Loss Register, localizado em Londres, é a maior base de dados do mundo para obras de arte, antiguidades e itens colecionáveis perdidos e roubados, reunindo 700 mil peças. Lá constam, por exemplo, santos centenários roubados de igrejas brasileiras, como uma Nossa Senhora do Rosário saqueada em 1953 da capela de mesmo nome em Japaraíba, no interior de Minas Gerais.

Em 2021, uma pesquisa no site ajudou a recuperar um broche anglo-saxão de bronze que havia sido roubado em 1995 de um museu municipal no norte da Inglaterra. Em maio, a Interpol prendeu 80 pessoas e apreendeu mais de 37 mil itens, incluindo peças arqueológicas, obras de arte, moedas e instrumentos musicais. Entre eles estavam 300 artefatos romanos encontrados em um apartamento na Itália, que estavam sendo vendidos pela internet.



Fonte ==> Uol

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui