Segurança aérea para animais de estimação

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Inspirado pelo Código de Conduta estabelecido pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e fundamentado nos regulamentos internacionais da IATA para o transporte de animais vivos, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) apresenta uma iniciativa inovadora: o Plano de Transporte Aéreo de Animais (PATA). Mais do que um conjunto de diretrizes, o plano traz critérios claros e rigorosos de segurança, aplicáveis em todas as etapas do transporte aéreo de animais, garantindo viagens mais seguras e humanizadas para nossos companheiros de quatro patas.

Segundo dados da ANAC, mais de 80 mil animais de estimação são transportados anualmente em voos domésticos. Durante as férias de verão, esse número cresce significativamente, acompanhando o aumento de passageiros. Nesse cenário movimentado, surgem viajantes diferentes: com olhares desconfiados ou caudas abanando ansiosas, pequenos companheiros aguardam em caixas de transporte. Porém, de acordo com a IATA, mais de 5 mil animais são mortos, acidentados ou perdidos em voos comerciais ao redor do mundo a cada ano – incluindo casos graves e óbitos. Esse dado alarmante reforça a necessidade de um transporte mais seguro e cuidadoso.

O QUE FAZER?

Graças ao Plano de Transporte Aéreo de Animais (PATA), do Ministério de Portos e Aeroportos, a jornada dos pets está mais protegida do que nunca. O Guia para Transporte Seguro de Animais de Estimação, com critérios rigorosos aplicáveis a todas as etapas do transporte aéreo doméstico, pretende estabelecer um novo padrão para o transporte aéreo de pets, garantindo que cada patinha embarcada pise em solo seguro e acolhedor.

A diretora de investimentos da Secretaria Nacional de Aviação Civil, do Ministério de Portos e Aeroportos, Luiza Deusdará, explica: “No guia, os tutores encontram orientações sobre a documentação necessária e sobre como preparar o animal para o voo, para que todos tenham uma experiência confortável e segura.”

Para quem se preocupa com seus amigos de quatro patas, o guia é um alívio; para os funcionários do setor aéreo, um manual indispensável. A mensagem do guia é simples, mas poderosa: cada voo é uma ponte. Entre cidades, entre vidas, entre quem parte e quem fica. E quando um animal embarca, ele não leva apenas seu corpo; ele carrega a esperança de um reencontro feliz.  

viagens internacionais

Elaborado pelo Governo Federal, o documento apresenta um conjunto de medidas com padrão internacional, alinhadas às melhores práticas aplicadas em 45 países para assegurar a segurança e o conforto dos animais e seus tutores durante viagens aéreas.

O transporte seguro de animais requer padrões claros e consistentes, por isso a necessidade de normas que sirvam de base para a prestação desses serviços no mundo todo, priorizando a segurança, o bem-estar animal e a tranquilidade dos tutores”, reforça Peter Cerdá, vice-presidente regional para as Américas da IATA. Isso ecoa como um aviso e um convite. Afinal, viajar é mais que se deslocar; é um ato de confiança. E é imprescindível que cada profissional envolvido, desde a reserva de voo até a restituição do animal ao seu tutor, entenda as particularidades do que está sendo transportado. Um animal não é carga comum; é uma vida!

TREINAMENTO

Existe algo profundamente humano no ato de movimentar um animal vivo. Porque não é só sobre aviação; é sobre laços. É nesse ponto que entram as iniciativas de treinamento para os funcionários dos aeroportos: cursos especializados, como os oferecidos pela Apzi Treinamentos, capacitam profissionais para atender às exigências do transporte de animais vivos, alinhados ao padrão internacional da IATA e aos protocolos estabelecidos pelo PATA.  

O maior diferencial desse treinamento está na maneira cuidadosa com que o instrutor dedica a cada detalhe. Este não é um curso com um amontoado de regras frias; mas um programa que aborda a singularidade de cada animal, o tempo de voo e as condições de permanência durante a jornada, separado em duas partes: um curso para os funcionários que aceitam os pets viajando juntamente com seus tutores; e outro, para o pessoal que trabalha com os animais de pequeno ou grande porte, sendo transportados como carga viva.

Para os passageiros, a certeza de que seus pets estarão em boas mãos. E aos profissionais da aviação, fica o alerta: a responsabilidade de garantir jornadas seguras para os passageiros de quatro patas é intransferível. Investir em treinamento e conhecimento é evitar que histórias desagradáveis se repitam e garantir que cada viagem seja um marco de confiança, cuidado e profissionalismo.

Formações de Flávio

  • Bacharel em História – Faculdades Integradas de Guarulhos (FIG)
  • Pós-graduação em Comunicação – Faculdade Cásper Líbero.

Flávio Monteze
Flávio Montezehttps://apzi.com.br
Sou dessas pessoas que se desdobram entre mundos – o da palavra e o da imaginação. Nascido em solo mineiro, terra de prosas infinitas, trago no olhar a inquietude dos que veem histórias em cada esquina; e nas mãos, o ofício de lapidar palavras até fazê-las brilhar. Cientista Social por formação e profissional da área de aviação civil por paixão, atualmente moro em Guarulhos/SP, trabalho como produtor de cursos online e dedico meu tempo livre escrevendo textos sobre as mais variadas áreas da aviação civil.

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