Era para ser apenas mais um evento empresarial. Centenas de líderes reunidos, cadernos abertos, olhos atentos, prontos para absorver técnicas de gestão e cases de sucesso. Mas o que aconteceu foi diferente. O palestrante, que todos esperavam ver falar sobre números e estratégias, decidiu mudar o rumo. Em vez de exercícios de negócios, mergulhou na espiritualidade. Muitos estranharam, outros se emocionaram, alguns até resistiram. Mas a mensagem ficou clara: sem uma base espiritual, todo sucesso é instável.
Essa matéria pode ser considerada uma continuação da anterior, onde falamos dos códigos de Israel. Se não leu, sugiro conferir antes de continuar: Códigos para a Nova Rota do Empreendedor em https://istoenegocios.com/proposito-prosperidade-codigos-para-a-nova-rota-do-empreendedor/
Essa virada não foi um acaso. É um lembrete de que, no fim do dia, construir uma empresa não é apenas sobre métricas, mas sobre alicerces. E o alicerce do propósito, como se ouviu naquele encontro, está ligado à justiça de Deus, não a justiça fria dos homens, mas àquela que sustenta tudo o que permanece. Pablo dizia: “caro é viver fora da justiça”.
Ele ilustrou com uma metáfora simples: culpar Deus pela pobreza no mundo é como culpar o dentista pelo dente podre. Deus é sempre bom. O problema está em qual frequência cada um escolhe viver.
- A vida, afinal, é feita de frequências.
- Há as baixas: orgulho, desculpas, rancor, amargura.
- E há as altas: gratidão, disciplina, perdão, honra, amor.
Nós, empresários, sentimos o custo de operar em baixa frequência. O ambiente pesa, as relações se deterioram e os negócios se tornam um fardo. Em alta frequência, o fluxo muda. O mesmo esforço gera outro resultado. É como ajustar o dial de um rádio: a música já estava no ar, mas só quem gira para a estação certa consegue ouvi-la. Você é, antes de tudo, uma máquina de frequência. A pergunta é: em qual vai escolher viver?
Até os bloqueios que carregamos quase como defeitos revelam algo. Quem foge de palco talvez encontre nele parte de sua missão. Quem evita pessoas pode ter nas pessoas o campo do seu maior propósito.
Um dos conceitos mais fortes do Método IP é a tríade: conectar, desfrutar, soltar.
- Conectar: receber, aprender, acessar.
- Desfrutar: viver com intensidade, valorizar, aproveitar o caminho, ou como gosto de dizer, enjoy the ride.
- Soltar: transbordar, multiplicar, compartilhar.
Muitos empresários param no segundo passo. Conectam-se, desfrutam, mas retêm. Retêm conhecimento, dinheiro, dons. Mas intimidade com Deus não se conquista na retenção, e sim no transbordo. O verdadeiro íntimo não é o que se isola, mas o que reparte.
Quando olho para Apocalipse 3:21 (Aquele que vencer, eu o farei sentar comigo no meu trono, assim como eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono), vejo essa mesma lógica. Reinar com Cristo não é exercer domínio pelo ego, mas viver na frequência do trono, com consciência de identidade. Quando você se olha no espelho, pode enxergar apenas um empresário cansado ou líder sobrecarregado. Mas essa é apenas uma fase. A identidade real é outra: você é filho de Deus.
E essa identidade não se esconde. Ela multiplica. Não acumula. Transborda.
Um exercício simples ajuda a revelar a frequência em que estamos. Anote rapidamente a primeira palavra que vem à mente para nove termos: Deus, família, igreja, dinheiro, política, eu, empresa, amigo, filhos. As respostas mostram se cada tema é visto como peso ou propósito e revelam o estado real da sua frequência.
O contraste final é entre império e Reino. O império funciona em pirâmide: poucos concentram, muitos servem. O Reino é inverso: a pirâmide de ponta-cabeça. O líder serve, multiplica talentos, faz transbordar. Essa inversão é o que torna tudo sustentável. No fim, o que se exige de nós empresários, líderes, pais e filhos é uma escolha de frequência. Viver na baixa: escassez, orgulho, mágoa. Ou operar na alta: identidade, propósito, fé, desfrute e transbordo.
Ciência e Frequência: não é só espiritualidade
E para você que acha que isso é apenas coisa de religioso ou good vibes, a ciência mostra outra realidade. Pesquisas em neurociência indicam que nossos estados emocionais alteram a atividade do cérebro, a liberação de neurotransmissores e até o sistema imunológico. Emoções como gratidão, perdão e amor ativam áreas ligadas à tomada de decisão, resiliência e criatividade.
Estudos mostram que pessoas que cultivam emoções positivas têm maior plasticidade cerebral, ou seja, mais capacidade de aprender, adaptar-se e criar soluções inovadoras. Em termos empresariais, isso significa que a frequência em que você opera, emocional, mental e espiritual, impacta diretamente nos resultados do seu negócio. Ou seja, não é mágica, é ciência. O que a espiritualidade propõe como frequência alta, a neurociência confirma como otimização cerebral e comportamental.
Frequência é escolha
Cada empresário precisa decidir em qual frequência vai operar.
- Na baixa: escassez, orgulho, mágoa, rancor.
- Na alta: identidade, propósito, fé, desfrute e transbordo.
Não basta crescer. É preciso crescer com justiça, desfrutar com gratidão e transbordar em amor.