O Risco dos Tratamentos Estéticos Sem Avaliação Criteriosa: Quando a Ausência de Diagnóstico Compromete a Saúde

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A crescente demanda por procedimentos estéticos na Odontologia tem ampliado a visibilidade da especialidade, mas também trouxe um alerta indispensável: a oferta de tratamentos sem real necessidade e sem diagnóstico adequado. Embora a estética seja parte fundamental da reabilitação oral, sua indicação só é segura quando respaldada por avaliação clínica, exames complementares e critérios científicos rigorosos.

Estética sem diagnóstico: um risco evitável

A ausência de investigação clínica detalhada pode mascarar condições subjacentes, como:
• doenças periodontais iniciais,
• lesões cariosas ocultas,
• perda óssea silenciosa,
• hábitos parafuncionais não diagnosticados,
• alterações oclusais,
• cicatrizes biológicas de tratamentos antigos,
• sinais sistêmicos refletidos na cavidade oral.

Sem exames adequados, mesmo os aparentemente simples, o profissional pode intervir sobre um dente ou estrutura que não está saudável, resultando em falhas precoces, sensibilidade, fraturas e até agravamento de doenças já existentes.

A venda de procedimentos sem necessidade

Um dos maiores riscos da estética descriteriosa é a banalização. Quando o objetivo comercial se sobrepõe ao princípio da saúde, procedimentos passam a ser:
• indicados sem necessidade real,
• executados em bocas não preparadas,
• realizados em pacientes com histórico omitido,
• aplicados como “soluções rápidas”, sem base biológica.

Esse tipo de conduta desconsidera o fato de que cada intervenção produz alterações irreversíveis, seja em esmalte, dentina, periodonto ou oclusão. A ciência não admite improviso.

A cicatriz biológica: porque o passado importa

Mesmo condições já tratadas deixam registros estruturais, inflamatórios e, muitas vezes, até padrões moleculares nos tecidos. Essas “cicatrizes” influenciam:
• adesão,
• resposta inflamatória,
• resistência mecânica,
• e estabilidade a longo prazo.

O papel da avaliação criteriosa

Um protocolo diagnóstico seguro requer:
• anamnese detalhada e atualizada,
• radiografias adequadas ao caso,
• fotografias intraorais padronizadas,
• análise periodontal completa,
• avaliação oclusal e funcional,
• identificação de riscos sistêmicos.

O diagnóstico sólido é o único caminho para um tratamento estético previsível, duradouro e, sobretudo, ético.

Florence: estética baseada em ciência

O princípio é claro: Em meu consultório nenhuma intervenção estética é realizada sem avaliação profunda, exames completos e comprovação de necessidade real. O objetivo não é “vender procedimentos”, mas restaurar saúde, função e beleza com responsabilidade clínica.

A estética é parte da odontologia.
Mas a ciência é a base que a sustenta.

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