Para tentar conter a onda de violência, o presidente do Peru declarou e o Conselho de Ministros aprovou o estado de emergência na cidade de Lima. Segundo o presidente interino, José Jerí, a medida representa um combate à criminalidade e está planejada para durar 30 dias. Jerí também disse que guerras são vencidas com ações, não com palavras, em pronunciamento à TV na noite dessa terça-feira (21).
De acordo com o decreto, a Polícia Nacional do Peru agora assume o controle da ordem interna, com o apoio das Forças Armadas. Serão feitas operações intensivas em áreas consideradas críticas.
Entre as medidas implementadas estão a instalação de comandos temporários, operações de fiscalização de documentos de pessoas e veículos, de controle de identidade para busca e captura de pessoas com mandados, abertura forçada de imóveis, confisco de armas e munições, além do controle migratório de estrangeiros. Também foi proibido o trânsito de duas pessoas adultas em uma mesma moto.
A declaração do estado de emergência restringe ainda direitos constitucionais como de liberdade e segurança pessoal, inviolabilidade de domicílio, liberdade de reunião e de deslocamento. Atividades públicas coletivas só com permissão prévia das autoridades. O decreto não fala sobre toque de recolher.
Lembrando que o presidente interino, José Jerí, assumiu o cargo há menos de duas semanas após o impeachment de Dina Boluarte. Desde 2016, o Peru já teve sete presidentes que sofreram impeachment, renunciaram ou foram interinos. As próximas eleições no Peru estão marcadas para abril de 2026.
Fonte Agência Brasil