O Google abriu um processo contra a SerpApi, empresa que transforma os famosos dez links azuis em negócio lucrativo. A ação busca proteger os resultados de busca e os sites indexados, alegando que a SerpApi ignora regras e termos de serviço para extrair e revender informações sem autorização.
Especialistas interpretam a medida como um possível endurecimento do Google na proteção de seus dados, especialmente diante da crescente demanda por informações na era da inteligência artificial, explica a ArsTechnica.
SerpApi e a linha cinzenta da extração de dados
A SerpApi fornece dados de busca para empresas que dependem deles, mas atua em uma área legalmente incerta. Como o Google não oferece uma API oficial, companhias, como a Perplexity, recorrem a dados de segunda mão, incluindo links do Reddit, que recentemente entrou com processo semelhante contra a SerpApi.
O Google afirma que a prática da SerpApi desrespeita os direitos dos sites indexados. Em postagem no blog oficial, a empresa afirma que “a SerpApi viola as escolhas de sites e detentores de direitos autorais sobre quem deve ter acesso ao seu conteúdo”.
Entre os impactos desse tipo de extração estão:
- Fornecimento de informações para chatbots que não têm acesso direto à web.
- Menor demanda por outros índices da web que oferecem APIs, como Brave e Bing.
- Uso crescente de bots e falsificação de agentes de usuário para coletar dados em massa.
Mudança de postura do Google
Embora a extração de dados da SerpApi não seja nova, o Google afirma que práticas enganosas aumentaram no último ano, como o bombardeio de sites com bots. A empresa evita fornecer APIs oficiais de busca, protegendo seus interesses comerciais e limitando a concorrência.
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Além de proteger os sites indexados, a ação também beneficia o próprio Google, ao reduzir a extração de dados não autorizada e garantir que o uso das SERPs siga dentro das regras da empresa.
O que isso significa?
O processo indica um endurecimento do Google em relação à extração de dados, principalmente com o crescimento da inteligência artificial e de chatbots que dependem dessas informações. Empresas que buscam dados de busca poderão precisar recorrer a fontes oficiais ou negociar diretamente o acesso com plataformas confiáveis.
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Fonte Olhar Digital