GWM estuda ampliar produção no Brasil; entenda como

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GWM estuda ampliar produção no Brasil; entenda como

Mal inaugurou a primeira fábrica no Brasil, a montadora chinesa Great Wall Motor (GWM) já estaria planejando ampliar as operações no país. Segundo informa uma reportagem da Bloomberg, a empresa deu início às conversas em busca de locais para uma segunda unidade de produção por aqui.

Falando para jornalistas, o diretor de Assuntos Institucionais da GWM Brasil, Ricardo Bastos, listou Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo e São Paulo como principais candidatos. O estado paulista, aliás, já abriga a primeira planta da GWM, que fica em Iracemápolis, a aproximadamente 2 horas de carro da capital.

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Em acordo com o governo federal, a gigante chinesa prometeu investir R$ 10 bilhões no país até o ano de 2032. A fábrica do interior paulista faz parte do primeiro aporte, de R$ 4 bilhões até 2026. Os outros R$ 6 bilhões devem vir por meio de investimentos, pesquisas, desenvolvimento de baterias e essa segunda unidade de produção.

Lembrando que a inauguração da primeira unidade ocorreu no dia 15 de agosto, em evento que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do empresário Mu Feng, presidente global da GWM.

Os novos planos

  • A ideia dessa segunda planta seria produzir carros um pouco mais baratos.
  • Como já mostramos aqui no Olhar Digital, a fábrica em Iracemápolis vai montar 3 veículos: o SUV híbrido Haval H6, a picape Poer P30 e o Haval H9, um SUV de sete lugares.
  • Todos esses modelos são comercializados acima da faixa dos R$ 200 mil.
  • Com a nova fábrica, o plano seria preencher uma lacuna de mercado, oferecendo modelos um pouco mais acessíveis, por volta dos R$ 150 mil.
  • Entre as possibilidades estariam o SUV compacto Haval H4 e o hatch elétrico Ora 03.
  • Vale destacar que a GWM ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto.
  • O que sabemos é que os carros das duas fábricas serão vendidos no Brasil e em outros mercados da América do Sul.
  • Para exportar dentro do Mercosul, os produtos devem ter pelo menos de 35% a 45% de itens “locais”, ou seja, não importados de fora do bloco.
  • A GWM quer trabalhar com esses percentuais e até aumentar o índice, subindo para 60%.
  • Para isso, conta com uma lista de mais de 100 fornecedores, e já possui acordos para usar tinta da Basf e pneus Pirelli.
  • Existem planos até para uma bateria “nacional”, produzida pelas instalações daqui.
GWM ORA 03
O principal concorrente do compacto GWM Ora 03 é o BYD Dolphin – Imagem: Divulgação/GWM

Outras informações importantes

Ainda falando em “nacionalização” da GWM, o pacote inclui pesquisa de ponta voltada para o nosso mercado. Durante o evento de inauguração da planta, a empresa anunciou a criação de seu primeiro Centro de Pesquisa e Desenvolvimento na América do Sul.

Serão mais de 60 técnicos e engenheiros trabalhando em produtos locais, com foco na tecnologia flex e na adaptação de veículos globais às condições de rodagem brasileiras.

A GWM espera montar mais de 30 mil carros no Brasil já em 2026, com aumento para 50 mil unidades em três anos e 100 mil depois disso.

Até o fim de 2025, a unidade deve gerar pelo menos 800 empregos diretos, com possibilidade da criação de mais 2 mil vagas (isso sem contar os empregos indiretos).

A GWM conquistou um espaço importante dentro do nosso mercado nacional e, entre as chinesas elétricas, só fica atrás da BYD – Imagem: Roman Zaiets/Shutterstock

A GWM, por fim, espera vender 36 mil veículos no Brasil em 2025, um aumento de 23% em relação a 2024 e acima da previsão inicial de 31 mil unidades.

As informações são do site Automotive News China.



Fonte Olhar Digital

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