Marau (RS), novembro de 2025. Em muitas famílias, falar sobre sucessão ainda é um tema evitado. O medo de conflitos, a falta de informação e a crença de que planejar o futuro é “chamar a morte para perto” transformaram o planejamento sucessório em um verdadeiro tabu. Mas, na prática, o que poucos compreendem é que sucessão familiar não significa fim, significa continuidade. De acordo com a advogada Dra. Kádia Colet Barro Stürmer (OAB/RS 63.071), especialista em Direito de Família e Planejamento Patrimonial, preparar a sucessão é uma forma de proteger o patrimônio construído ao longo da vida, evitar desgastes entre herdeiros e garantir a união da família para as próximas gerações.
“Planejar não é antecipar perdas, é preservar conquistas. É cuidar do futuro de quem amamos”, destaca a Dra. Kádia.
Por que o planejamento sucessório é tão importante
A ausência de um planejamento sucessório estruturado pode transformar a transmissão de bens em um processo doloroso e custoso. Sem regras claras, o patrimônio familiar fica sujeito a inventários demorados, altos custos judiciais e conflitos entre os próprios familiares. Por outro lado, quando há um plano bem elaborado:
- As responsabilidades de cada membro são definidas de forma transparente;
- O patrimônio é administrado com segurança e visão profissional;
- Os riscos de litígios são reduzidos;
- E o mais importante: a família permanece unida.
Esses fatores tornam o planejamento sucessório familiar uma ferramenta essencial para famílias empresárias, empreendedores e profissionais liberais que desejam preservar seu legado e manter a harmonia entre gerações.
De herdeiros a sucessores: o verdadeiro legado
Uma das diferenças mais relevantes apontadas por especialistas está entre herdeiro e sucessor:
- O herdeiro apenas recebe bens, muitas vezes sem preparo ou conhecimento para administrá-los.
- O sucessor, por sua vez, recebe patrimônio e também orientação, educação e valores, estando apto para dar continuidade ao legado familiar.
“O planejamento familiar transforma herdeiros em sucessores. Ele dá sentido à herança, porque transmite conhecimento junto com o patrimônio”, explica a Dra. Kádia Barro Stürmer.
Holding familiar: a aliada da sucessão inteligente
Entre as ferramentas mais utilizadas na atualidade está a holding familiar, estrutura jurídica que organiza bens e ativos dentro de uma empresa, trazendo segurança, clareza e economia tributária. Essa modalidade permite centralizar o controle patrimonial, reduzir a burocracia de inventários e garantir que as regras de gestão sejam aplicadas conforme a vontade do patriarca ou da matriarca. Mais do que um recurso jurídico, a holding é uma estratégia de perpetuação e governança familiar, fortalecendo o diálogo entre gerações e preparando sucessores para gerir o futuro.
Planejar é um gesto de amor e responsabilidade
A advogada ressalta que planejar a sucessão patrimonial é mais do que uma questão jurídica, é uma demonstração de cuidado. Ao pensar nas futuras gerações, o patriarca ou a matriarca garantem que o trabalho e o esforço de toda uma vida não se percam em disputas. Falar sobre planejamento sucessório familiar não deve gerar desconforto, mas sim orgulho e responsabilidade. Afinal, o verdadeiro legado não está apenas nos bens materiais, mas na união, na harmonia e na continuidade dos valores que constroem uma família.
Sobre a especialista
Dra. Kádia Colet Barro Stürmer – OAB/RS 63.071
Advogada natural de Marau/RS é especialista em Direito de Família, Planejamento Sucessório e Holding Familiar. Atendimento com atuação em todo o território nacional.
Rua Darwin Marosin, 221, Sala 201, Ed. Abu Dhabi, Centro – Marau/RS
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