Tecnologia brasileira de estímulo muscular avança para a pesquisa acadêmica na USP e desperta interesse do mercado premium da saúde

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Priscilla Araujo
Priscilla Araujo

Método Ezbody®, criado por Priscilla Araujo, passa a ser estudado em projetos científicos envolvendo Diabetes Tipo 2 e reabilitação do ligamento cruzado anterior

Durante décadas, a musculação tradicional foi considerada o principal caminho para ganho de força, performance e promoção da saúde. No entanto, a prática clínica revela uma realidade diferente para grande parte da população: limitações articulares, dor, baixa adesão, pouco tempo disponível e respostas fisiológicas lentas, especialmente em pessoas com condições metabólicas ou restrições funcionais.

Foi a partir dessa lacuna que surgiu o Ezbody®, um método brasileiro de estímulo neuromuscular desenvolvido ao longo de mais de 31 anos por Priscilla Araujo, pesquisadora prática do movimento humano e criadora da tecnologia. O sistema combina aplicação estratégica de correntes elétricas com critérios específicos de avaliação e execução, propondo uma abordagem que vai além da carga mecânica tradicional.

Diferentemente de muitas soluções do mercado, o Ezbody não nasceu como produto comercial. O método foi construído de forma empírica, a partir de décadas de observação clínica, testes práticos, ajustes técnicos e aprofundamento contínuo sobre o funcionamento muscular e neuromotor. Ao longo dos anos, esse conhecimento foi sendo refinado e estruturado até se consolidar como um sistema próprio de estímulo muscular.

Do método empírico à investigação científica

Após mais de oito anos de ensino formal, com cerca de 7 mil alunos formados em diferentes países e milhares de aplicações práticas, o Ezbody entra agora em uma nova fase: a aproximação estruturada com o meio acadêmico.

Atualmente, o método está sendo estudado em projetos de pesquisa vinculados à Universidade de São Paulo (USP), sob orientação dos professores Luciana Lancha e Antonio Lancha Junior, referências nacionais nas áreas de metabolismo, nutrição e fisiologia do exercício.

Um dos estudos já realizados analisou os efeitos do Ezbody em indivíduos com Diabetes Mellitus Tipo 2, avaliando respostas metabólicas e fisiológicas associadas ao estímulo neuromuscular. Paralelamente, um novo projeto de pesquisa está em andamento, voltado à aplicação do método em pacientes com lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho, com indicação cirúrgica, investigando seu papel como ferramenta complementar no preparo e na reabilitação.

Segundo Priscilla Araujo, esse movimento em direção à ciência é um desdobramento natural do caminho percorrido até aqui.


“O Ezbody sempre foi construído com responsabilidade prática. A pesquisa vem agora para aprofundar, validar e organizar aquilo que já observamos há anos na aplicação clínica”, afirma.

Tecnologia de estímulo, não apenas um treino

Mais do que um formato de exercício, o Ezbody se posiciona como uma tecnologia de estímulo neuromuscular. As sessões, que duram cerca de 15 minutos, promovem ativação muscular significativa com menor impacto articular, o que favorece a adesão e amplia o alcance do método para diferentes perfis de pacientes.

Pessoas com dor crônica, limitações funcionais, restrição de tempo ou baixa resposta à musculação tradicional encontram no Ezbody uma alternativa ou complemento ao treino convencional, sempre respeitando critérios clínicos e a atuação do profissional responsável.

“Musculação é uma ferramenta. Ezbody é uma tecnologia de estímulo muscular”, resume a criadora.

Com a entrada no ambiente acadêmico e o crescente interesse do mercado premium da saúde, o Ezbody reforça o protagonismo da inovação brasileira no desenvolvimento de soluções que conectam ciência, tecnologia e cuidado individualizado, abrindo novas possibilidades para o futuro do movimento humano e da reabilitação.

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