Depois de impedir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, o governo de Israel anunciou, neste sábado, ter deportado para a Turquia 137 ativistas da Flotilha que levaria alimentos, água potável e medicamentos para os palestinos. A informação é do Ministério das Relações Exteriores de Israel, que não mencionou a deportação de nenhum dos 15 brasileiros, também interceptados.
De acordo com a chancelaria israelense, os cidadãos deportados para a Turquia são dos Estados Unidos, Itália, Reino Unido, Jordânia, Kuwait, Líbia, Argélia, Mauritânia, Malásia, Bahrein, Marrocos, Suíça, Tunísia e Turquia.
Para o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Roberto Menezes, a flotilha busca furar o bloqueio de 15 anos em Gaza e a interceptação de Israel intensifica o sofrimento dos civis palestinos.
Ainda de acordo com Israel, o Ministério de Relações Exteriores quer acelerar a deportação de todos os 470 ativistas.
Na última quinta-feira, o governo brasileiro já havia condenado a interceptação dos barcos por Israel, considerada “ilegal” e “arbitrária”. O Itamaraty pediu a liberação imediata dos integrantes da Flotilha, incluindo 15 brasileiros, entre eles a deputada federal Luizianne Lins. Eles seguem detidos na Ketziot, no meio do deserto de Neguev, em Israel.
De acordo com a Adalah, organização jurídica de direitos humanos em Israel, os prisioneiros “relataram diversas formas de maus-tratos e agressões por parte dos guardas” israelenses. Segundo a entidade, alguns declararam “não ter recebido nenhuma alimentação desde a interceptação”, e ficaram sem água potável, e medicamentos que precisam tomar.
Fonte Agência Brasil